Álbum com gravação inédita de show de Arrigo Barnabé em 1980 captura ‘Clara Crocodilo’ em cena antes do histórico LP
Arrigo Barnabé em 1980, ano em que o artista fez o show ‘Clara Crocodilo’ no Sesc Consolação meses antes de lançar o álbum homônimo Divulgação ♫ N...

Arrigo Barnabé em 1980, ano em que o artista fez o show ‘Clara Crocodilo’ no Sesc Consolação meses antes de lançar o álbum homônimo Divulgação ♫ NOTÍCIA ♪ Quando subiu ao palco do Teatro Pixinguinha do Sesc Consolação (SP), em 29 de junho de 1980, Arrigo Barnabé estava prestes a começar gravar o álbum que imprimiria o nome do artista paranaense na história da música brasileira. Gravado entre julho e setembro daquele ano, o álbum Clara Crocodilo foi lançado em 15 de novembro de 1980 com som que revolucionou a lira paulistana por ter sido pautado pela escola da música atonal e pelo serialismo dodecafônico, além de ter vindo embalado em narrativa teatralizada que incorporava elementos do rock, do canto falado e da estética dos quadrinhos. “O ponto de partida foi a fusão da música erudita do século XX (Bartok, Stravinsky e Schoenberg, principalmente) com a música popular como se fazia no Brasil na época, com influências estrangeiras como o rock e o jazz”, sintetiza Arrigo Barnabé, acrescentando na receita sonora o teatro e dança contemporânea. A síntese é feita pelo artista no texto que apresenta o álbum que será lançado pelo Selo Sesc em 25 de abril, dentro da série Relicário, com a gravação inédita do show feito por Arrigo com a Banda Sabor de Veneno naquele 29 de junho de 1980, dia da última apresentação da temporada que mostrou o show Clara Crocodilo à cidade de São Paulo (SP) antes da edição oficial do álbum que daria início ao movimento rotulado como Vanguarda Paulista e que agregaria artistas como Itamar Assumpção (1949 – 2003) e o grupo Rumo. Com oito faixas, o álbum Arrigo Barnabé & Banda Sabor de Veneno – Ao vivo no Sesc_1980 captura Clara Crododilo em cena, ao vivo, com sete das oito músicas do disco. A gravação ora editada em disco com o registro histórico do show não inclui a música que abre o LP original, Acapulco drive-in (Arrigo Barnabé, Gilson Gibson, Otávio Fialho e Paulo Barnabé, 1980). Em contrapartida, o álbum traz no repertório Lástima (Fim), música da lavra solitária de Arrigo que somente seria registrada em disco 23 anos depois no álbum de 2003 em que Tuca Fernandes e Quinteto Delas abordaram o cancioneiro do compositor. Ao vivo no palco do Teatro Pixinguinha, Arrigo e o coletivo paulistano – que trazia as cantoras Suzana Salles e Vãnia Bastos como vocalistas da banda – também executam músicas como Infortúnio, Instante, Office-boy, Orgasmo total, Sabor de veneno, além de Diversões eletrônicas (Arrigo Barnabé e Regina Porto) e do tema-título Clara Crocodilo (Arrigo Barnabé e Mário Lúcio Cortes). Enfim, o álbum Arrigo Barnabé & Banda Sabor de Veneno – Ao vivo no Sesc_1980 capta em cena uma das gêneses da Vanguarda Paulista. Capa do álbum ‘Arrigo Barnabé & Banda Sabor de Veneno – Ao vivo no Sesc_1980’, da série ‘Relicário’ Divulgação / Selo Sesc